" Ter-se nascido ou vivido em Moçambique é uma doenca
incurável, uma virose latente. Mesmo para os que se
sentem genuínamente portugueses mascara-se a doenca,
ignora-se, ou recalca-se e acreditamo-nos curados e
imunizados. A mínima exposição a determinadas
circunstâncias desencadeia, porém, inevitáveis
recorrências e acabamos por arder na altíssima febre
de uma recidiva sem regresso nem apelo".
Rui Knopfli
Na janela do consultório há um cisne cor do sol-nascente. Não é um cisne real, é um cisne que eu imagino num rio que corre junto à encosta de um vale. O rio nasce na memória e arrasta consigo doloridos musgos de lembrança. O cisne bóia e permanece cortado na vidraça, com ar solene a ver passar pedaços de recordações, a ver fluir um rio sem margens. As recordações vão diluir-se no longe, o próprio rio secará no tempo, mortas serão as esbatidas palavras à estiagem dos anos. Haverá terra nos meus olhos e silêncio em meus lábios apodrecidos. O cisne há-de ficar, todavia, imóvel e rubro, direito no seu perfil, coração sangrando, retrato dos meus dias.
A insensatez que você fez Coração mais sem cuidado Fez chorar de dor o seu amor Um amor tão delicado Ah! Porque você foi fraco assim Assim tão desalmado Ah! Meu coração quem nunca amou Não merece ser amado Vai meu coração, ouve a razão Usa só sinceridade Quem semeia vento, diz a razão Colhe sempre tempestade Vai meu coração Pede perdão, perdão apaixonado Vai porque quem não pede perdão Não é nunca perdoado
Com esse que eu vou sambar até cair no chão Com esse eu vou desabafar na multidão Se ninguém se animar Eu vou quebrar meu tamborim Mas se a turma gostar vai ser pra mim
É com esse que eu vou sambar até cair no chão É com esse que eu vou desabafar na multidão Se ninguém se animar Eu vou quebrar meu tamborim Mas se a turma gostar vai ser pra mim
Quero ver o ronca-ronca da cuíca Gente pobre, gente rica, deputado, senador Quebra quebra eu quero ver Uma cabrocha boa No piano da patroa batucando É com esse que eu vou Mas quebra, quebra que eu quero ver Muita cabrocha boa, no piano da patroa
E é com esse que eu vou E é com esse que eu vou Mas é com esse que eu vou Sambar até cair no chão Com esse eu vou desabafar meu coração Sambar na multidão Com esse eu vou Desabafar meu coração Com esse eu vou Desabafar na multidão Meu coração, eu vou Eu vou, eu vou, eu vou É com esse que eu vou Eu vou Com esse eu vou Eu sei que vou Sambar na multidão Desabafar....
As manobras do Governo através dos seus boys, para silenciar um jornal e deitar para debaixo do tapete, toda a merda que tem feito em matéria de liberdade de imprensa, causam vómito.
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Maiakovski
Primeiro levaram os negros. Mas não me importei com isso. Eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários. Mas não me importei com isso. Eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis. Mas não me importei com isso. Porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados. Mas como tenho meu emprego, também não me importei. Agora estão me levando. Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém. Ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar...
Martin Niemöller ...e tudo isto a propósito de uma troca de epístolas com o Gil
adenda escrevi isto a propósito do caso Mário Crespo, mas disto tenho vergonha.
Não nos esqueçamos que são os herdeiros de sangue e ideológicos deste crime, que ainda hoje nos "governam", jacobinagem e maçons.
Cumprindo-se a tradição, a Real Associação de Lisboa manda celebrar Missa no próximo dia 1 de Fevereiro (2.ª feira), pelas 19h00, na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, ao Chiado, em Lisboa, sufragando as Almas de El Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe e recordando e homenageando o Seu sacrifício ao serviço da Pátria.
" Ter-se nascido ou vivido em Moçambique é uma doenca
incurável, uma virose latente. Mesmo para os que se
sentem genuínamente portugueses mascara-se a doenca,
ignora-se, ou recalca-se e acreditamo-nos curados e
imunizados. A mínima exposição a determinadas
circunstâncias desencadeia, porém, inevitáveis
recorrências e acabamos por arder na altíssima febre
de uma recidiva sem regresso nem apelo".
Rui Knopfli