Travessia
Distância materna prescrevendo enganos!
Como atravessar o rio, para além,
Enquanto não fenece a voz da ponte?
Arcos de ferro, arcos de pedra
erguem-se e passam
de monte a monte…
- maternal distância!
Como atravessar, não levantando a fronte?
E como não baixá-la, desdizendo a ponte?
Jorge de Sena, “Poesia-I”, Livraria Moraes Editores, Lisboa, 1961
Etiquetas: Jorge de Sena, Poesia
4 Comments:
Descobri-o no blog do Rato. Achei curioso usar as "armas" como identificação, mas se calhar não me engano por pensar que tem uma "costela" monárquica... Parabéns pelo seu blog. Vou ficar visitante.
MLeiria
Obrigada por esta foto, como sempre este espaço continua óptimo
"Se um dia o sonho se cumprir,
Compro uma Ilha.
Não muito longe do litoral,
Nem muito perto.
Ficará no justo ponto de latitude e longitude,
Onde protegida de ventos, sereias e pestes,
Não me afaste muito dos Humanos.
Quero ter a arte do bem viver,
Uma fuga relativa,
E não uma estouvada confraternização.
E só de imaginar já me considero sua habitante.
Gostava que tivesse uma ponte
Que não tivesse de desdizer"
Um beijo grande
MD
Caro fadista, é sempre bem vindo e obrigado pela suas palavras.
Quanto a costelas..., não sei se as "flutuantes" serão republicanas, mas como não dou pela sua presença...
Com prendas destas ("Sonho", vai ser o título...) nos comentários, só pode subir de nível...
Beijo grande,
F
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