Timbre
Morreu.
Só há ideal
No plural.
Tecidos
Como os fios que há nos linhos,
Parecidos
Entre nós como dois olhos,
Somos do tempo de viver aos molhos
Para morrer sózinhos.
Reinaldo Ferreira, poema autográfico, in "Poemas", Lourenço Marques, Imprensa Nacional de Moçambique, 1960.
Etiquetas: Moçambique, Poesia, Portugal, Reinaldo Ferreira
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Os Amigos
Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
(Eugénio de Andrade, in "Coração do Dia")
;-)*
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