A Vida a brincar
Em pequenina,
Não me lembro a que brincava.
Certamente ao Amor de meu Pai e minha Mãe,
Com gracejos, risos dobrados, mimos, beijos e abraços.
Em pequena,
Brincava à macaca, às escondidas, à bola, ao berlinde,
Às casinhas, ao faz de conta ,
E a tantas coisas mais,
Com contos de bruxas e fadas
Reinos, príncipes e princesas,
Risos, gargalhadas, gritos, algazarra,
Zangas, discussões, bofetões, correrias e tropeções.
Na adolescência,
Brincava ao aprender, ao saber e aos namorados,
Com contos de heróis e heroínas,
Olhares, piscadelas, rubores, sorrisinhos,
Cochichos, segredinhos,
Promessas, beijos, abraços,
E tantas coisas mais!
Na juventude,
Brincava às verdades que me ensinaram,
Com amor, força, sonhos, ilusões,
Lutas, perdas, conquistas,
Luz no rosto, palavras de todos os sons musicais,
E tantas coisas mais!
Eu tinha Vida.
O brilho foi-se apagando,
A musica,
Cada vez mais baixo a ouvia.
E eu que brincava,
Estava quase adormecida, mas prosseguia.
Tive medo de caminhar no sono, no nada e no silêncio.
Olhei para trás e recordei,
Como tinha sido bom brincar com tudo o que brinquei.
Acordei e fiz jura de continuar a brincar.
Hoje,
Não brinco ao faz de conta.
Brinco de outro jeito, a muito do que brinquei,
Às verdades que criei,
Ao nada, ao silêncio, a mim e à Vida,
Com tudo o que brinquei e tantas coisas que aprendi.
Quero continuar a brincar a tantas coisas mais
Com tudo o que brinquei e o que ainda não sei.
“Autor Com nome”
1 Comments:
Belissima foto, ali�s desta "p�rola maravilhosa do indico" o que seria de esperar?
beijo
MD
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