Ainda em estantes quase nada alheias
O que dói não é um álamo
Não é a neve nem a raiz
da alegria apodrecendo nas colinas.
O que dói
não é sequer o brilho de um pulso
ter cessado,
e a música, que trazia
às vezes um suspiro, outras um berço.
O que dói é saber.
O que dói
é a pátria, que nos divide e mata
antes de se morrer
Eugénio de Andrade, "A Casais Monteiro, Podendo Servir de Epitáfio", Setembro 1972, Epitáfios, Lisboa, Limiar, 1984
1 Comments:
O que dói é ter regressado, como folhas em torvelinho,deste FORTE
situado em parte alguma do oriente.
Sem saber muito bem porquê.
Mas suaviza a dor, ter trazido como arma,a força para seguir um caminho.
Bj
MD
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