Ilha do meu alento, de Moçambique
Sei de cor,
Cada curva do teu corpo,
Os passos dos teus caminhos,
As sombras das tuas árvores e casario.
Sei de cor,
Cada dança das tuas ondas,
As carícias das teu vento,
Os cheiros da tua maresia.
Sei de cor,
Cada tom da cor do teu mar,
O calor e brilho do sol dos teus dias,
O luar e as estrelas das tuas noites.
Sei de cor,
Cada limite do teu horizonte,
A voz das tuas gentes,
A brandura das tuas horas,
Sei de cor,
A imagem do mau tempo
Neste meu exílio terreno
Onde tomei tamanho de gente.
Sei de cor,
Cada lágrima do teu rosto,
As angústias do teu olhar,
Os silêncios do tua voz,
A imagem de outro tempo!
E o que não sei de cor
Adivinho a sonhar.
Se me disserem que sou louca,
Logo minha voz com firmeza desmente.
Mas se for, tanto melhor!
Autora Desconhecida
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